em 29 de maio de 2011
Para o melhor amigo, o melhor pedaço!

Serapião era um velho mendigo q perambulava pelas ruas da cidade.
Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira-lata q atendia pelo nome de
Malhado. Serapião ñ pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma
banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida,
dos + abastados. Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Ele era conhecido como um homem bom, q perdera a razão, a familia, os amigos e até a identidade. Ñ bebia bebida alcoólica, estava sempre tranquilo, mesmo quando ñ havia recebido nem um pouco de comida. Dizia sempre q Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora q Deus determinava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos. Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa q o ajudava. Tudo q ganhava, dava primeiro p/o Malhado q, paciente, comia e ficava a esperar por + um pouco.
Ñ tinham onde dormir, onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte e, ali o mendigo ficava a meditar, com o olhar perdido no horizonte. Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu ñ entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor. Certo dia com a desculpa de lhe oferecer umas bananas, fui bater um papo com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o q Serapião ñ sabia. Dizia ñ ter idéia, pois se encontraram um certo dia, quando ambos andavam pelas ruas e falou: Nossa amizade começou com um pedaço de pão. Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço, e ele agradeceu, abanando o rabo.

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