Num sitiozinho nos cafundó do interior de sabe Deus onde, habitava uma família simples, pai, mãe é um filho de 18 anos que nunca tinha saído do sítio.
Plantavam chuchu, couve, alface, batata, cebola e alguns pés de frutas, nada além disso.
Se existisse um grau pra caipirisse eles estariam no topo da pirâmide, mais simples que aquilo só vendo uma galinha comendo milho.
Bem, certo dia o pai setiu-se mal e no agravo da coisa precisou ir ao hospital da cidadezinha que ficava uns 600 km do sítio.
Acordaram 2 horas da manhã o pai que a mãe chamava de GERARDO, e o filho que tinha como apelido ” CADÓ “ , iniciais de CARLOS DONIZETHI. ( Santa imaginação).
Andaram 4 horas e chegaram a uma estradinha que 3 vezes por semana passava um ônibus, ( bem, não era bem um ônibus.
Vou tentar explicar mais ou menos como era:
Tinha uma coisa assim meio grande, mas apertada, parecia uma coisa amarela que tinha uns bancos que não davam pra sentar e tinha umas cordinhas amarradas num varão que atravessava a tal coisa e acabava fora do veículo. ( deu pra entender?)
Nesta coisa tinha um pessoal que levava no colo, na sacola, nas gaiolas, umas galinhas, patos, coelhos e um filhote de porco e algumas caixas de banana.
Depois de 12 horas saíram deste conforto e chegaram ao tal hospital, as 10 da manhã do dia seguinte foram atendidos, segundo o médico, nada de grave eram só gases.
Pra voltar encontraram um caminhoneiro que ia pras quelas bandas e marcaram de se encontrar a 1 da tarde para seguirem viagem.
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